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Dólar opera em queda, mas segue acima de R$ 5, mesmo com atuação do BC

Na segunda-feira, moeda dos EUA fechou acima de R$ 5 pela 1ª vez na história, negociada a R$ 5,0612.


Nota de US$ 5 dólares — Foto: REUTERS/Thomas White


O dólar opera em leve queda nesta terça-feira (17), após ter fechado na véspera acima de R$ 5 pela primeira vez na história e depois do governo anunciar medidas para tentar reduzir os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. No foco dos investidores também está a decisão sobre a taxa básica de juros, que será anunciada na quarta-feira.


Às 10h30, a moeda norte-americana caía 0,86%, negociada a R$ 5,0179. Veja mais cotações. O dólar se mantinha no patamar de R$ 5 mesmo após o Banco Central anunciar nesta manhã a realização de leilões de linhas -- venda com compromisso de recompra -- com oferta de até R$ 2 bilhões.

Um leilão semelhante já havia sido realizado na sexta-feira, a primeira vez que o BC fez oferta líquida de moeda nessa modalidade desde 17 e 18 de dezembro do ano passado, destaca a Reuters.

Governo anuncia medidas para injetar R$ 147 bilhões na economia; entenda pacote e veja a repercussão


Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 5,16%, negociado a R$ 5,0612 – novo recorde nominal (sem considerar a inflação). Foi também a alta foi a mais intensa desde a disparada de 8,15% de 18 de maio de 2017. No ano, o dólar passou a acumular avanço de 26,22%.


Após o fechamento dos mercados, o governo anunciou um conjunto de medidas, que preveem injeção de R$ 147,3 bilhões na economia.



Medidas anunciadas por Guedes

O conjunto de medidas anunciadas na véspera pelo Ministério do Economia prevê injetar R$ 147,3 bilhões na economia. O pacote amplia crédito a aposentados e pequenas empresas, suspende temporariamente o recolhimento de tributos e inclui também a antecipação do 13º do INSS e o reforço do Bolsa Família.


Segundo economistas ouvidos pelo G1, as podem ter algum impacto para mitigar os efeitos do coronavírus na economia brasileira, mas são insuficientes para reverter o quadro de piora da atividade.


As projeções para a alta do PIB do Brasil em 2020 vem sendo reduzidas e parte dos analistas já projetam um crescimento mais próximo de 1% do que de 1,5%


Expectativa de corte de juros no Brasil

As atenções da semana também estão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia nesta quarta-feira (18) a nova taxa básica de juros. Com o novo corte surpresa nos juros anunciado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), aumentam as apostas do mercado de um novo corte na Selic, atualmente em 4,25%.


O mercado espera um corte da taxa básica de pelo menos 0,25 pontos na Selic.


Recentemente, os patamares cada vez menores da Selic foram apontados como um fator responsável pela disparada do dólar. A redução do diferencial de juros entre o Brasil e outros países torna rendimentos locais baseados na taxa básica de juros menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que reduz a entrada de fluxos nos mercados brasileiros.




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