Quem poderia imaginar que o primeiro semestre seria tão próspero para os investidores previdenciários?
Quem poderia imaginar que o primeiro semestre de 2021 seria tão próspero para os investidores previdenciários? Perto de encerrarmos os seis primeiros meses do ano, decidimos elencar as maiores pagadoras de dividendos da carteira do Barsi, entre outros insights interessantes.
Qual o sentido voltarmos ao mesmo tema que já abordamos? Simplesmente, porque essas empresas não só continuaram distribuindo proventos na crise, como aumentaram a remuneração do investidor e essa tendência segue, ao que tudo indica, para 2021. Em um dos casos estudados, a química Unipar, já pagou apenas no 1S21 2,5x mais que o montante total distribuído nos anos de 2019 e 2020 somados. Das 4 empresas selecionadas, apenas uma não superou o montante líquido de proventos distribuídos proporcionalmente no período em comparação aos últimos dois anos.
Segundo a plataforma de dados Economática, houve uma queda de 29% nos dividendos anunciados em 2020, resultado puxado principalmente pelos bancos, que geralmente lideram esse ranking. A queda nas distribuições do setor chegou a 47%, explicando porque o Banco Santander foi o único que destoou na lista.
De qualquer forma, essa impressionante evolução é explicada pelas características que grande parte das empresas que vamos comentar têm em comum. Com exceção de Unipar, todas pertencem aos setores BEST:
Bancos Energia Saneamanto/seguros
Telecon
Obviamente, os bons resultados do Barsi se devem não apenas ao sucesso da sua estratégia, como também das grandes posições que detém. No entanto, você não precisaria ser bilionário para ter bons resultados nestas mesmas empresas. Para ilustrar isso de forma prática e com números reais, o Ações Garantem o Futuro preparou uma simulação considerando um aporte inicial de R$ 10.000 e investimentos mensais de R$ 1.000 durante o período que compreende maio de 2016 a maio de 2021.
Vale lembrar que o estudo também considerou o período de pagamento dos proventos, ou seja, pela metodologia de caixa, e não por competência no exercício.
Banco Santander (SANB4)
A história do Barsi com o Banco Santander não é tão longa quanto às demais empresas, mas é sem dúvida um dos maiores cases de sucesso em sua carteira. Se tivesse iniciado seu projeto previdenciário em 2016 com a empresa, o investidor teria acumulado mais ações, cerca de 6.421.
Repare que mesmo em um ano extremamente desafiador para o setor, 2020 ainda foi um bom ano em termos de fluxo de dividendos para o investidor. O desempenho, no entanto, foi influenciado principalmente pelos resultados recordes de 2019, uma vez que é prática do banco distribuir gordos JCP no último trimestre do exercício social, com pagamento no ano seguinte.
Isa CTEEP (TRPL4)
Sempre entre as queridinhas nas carteiras de dividendos, a maior empresa de transmissão privada do país não poderia ficar de fora dessa lista. Em 5 anos, o investidor que tivesse aportado consistentemente na TRPL4 segundo os critérios estabelecidos acumularia em maio deste ano 5.028 ações.
Essa posição, um patrimônio acumulado de R$ 134.247, teria em sua origem um custo de aquisição total de R$ 92.133, sendo R$ 30.038, ou 32%, correspondentes a aportes provenientes de dividendos. Em outras palavras, um quarto dos aportes não saiu do bolso do investidor, foi custeado totalmente por proventos.
TAESA (TAEE11)
Daqui em diante a brincadeira começa a realmente ficar séria. Terceira no ranking de maiores pagadores na carteira do Barsi, Taesa ganhou grande destaque em 2020 com o efeito do IGP-M sobre seus resultados. A transmissora tem boa parte de seus contratos corrigidos pelo índice, colocando-a em uma posição privilegiada e confortável.
Mesmo acumulando apenas 3.892 ações, o menor número entre as empresas do estudo, o investidor teria recebido somente nos últimos dois anos, 2020 e 2021, o total de R$ 22.103 em dividendos e JCP ou 62% de todos os proventos acumulados em 5 anos.
Unipar (UNIP6)
Única da amostra que bonificou seus acionistas, fica até difícil comparar os resultados apresentados pela Unipar com as demais. A companhia desponta na liderança com folga em todos os aspectos: patrimônio acumulado, quantidade de ações, proporção dos dividendos no custo de aquisição e proventos médios recebidos no período.
Com o desembolso de R$ 70 mil reais o investidor teria acumulado em 5 anos um patrimônio de R$ 725.934, reinvestindo claro os outros R$ 60.456 recebidos em proventos. Mesmo apresentando uma maior irregularidade, o investidor teria recebido em média R$ 10 mil reais, entre dividendos e bonificações.
Por: Louise Barsi
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